quinta-feira, outubro 05, 2006

Roy Campbell, que saudades...

Um dos grandes intelectuais do séc. XX, boicotado pelas suas opções religiosas e políticas, residente em Toledo aquando da Gesta heróica e grande amigo de Portugal.
Roy Campbell:

Versão portuguesa de Rodrigo Emílio

Nascido pela aurora do desastre,
Só Camoens – e só Ele – poderia
Contemplar um soldado, face a face.
Descubro um camarada, em vez do guia
Que buscava: e à hora em que, no mato,
Rastejam rente à praia os jacarés,
Com Ele, sobretudo, é que eu reparto
O toldo do meu barco e algum revés
Revivido, de facto. Condenado,
P’lo fogo (sempre fátuo ...) do dever,
A uma morte de cão – soube penar.
Sagrou-se rei supremo do seu fado,
Obrigou a penúria a não ser
E, às mágoas, ensinou-as a cantar.

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