sexta-feira, novembro 04, 2005

A RR e a padralhada que a controla

Não é segredo para nenhum observador isento que o principal órgão de comunicação da Igreja Católica em Portugal, a Rádio Renascença, sempre se comportou um pouco como um órgão oficioso socialista; pelo menos, a subserviência é manifesta. Se o equívoco que dá pelo nome de Guterres permitia justificar superficialmente tal posicionamento, no passado, já a evolução subsequente é escabrosa. Vem isto a propósito de numa das raras vezes em que a sintonizei (normalmente oiço a Class FM do Montijo)ter sido surpreendido com uma lição da abortista Miss Piggy Star, a ensinar-nos como falar correctamente a nossa língua.
Confesso que já há muito me habituei às absonâncias da Igreja Portuguesa, face ao rumo que seria de esperar. Bispos complexados pela sua humilde extracção social?, carreiras assentes em seminarismo à força sem vocação? Ignorância? Aggiornamentos saloios ? Alinhamento com a opinião que se publica ? A verdade é que o que o crente pretende é um pastor, orientador espiritual, e não um tecnocrata da religião com homilias redondas e abstractas que mais não merecem que um bocejo.
Aliás, a constatação do disfarce da condição de sacerdote adoptado pela maioria da padralhada é aquilo que, na gíria da aplicação das Normas técnicas dos sistemas de Qualidade, se designaria por uma não conformidade. Como falar em Nova Evangelização se quem deveria dar o exemplo em manifestar em todas as circunstâncias a sua condição de católico o não faz ? Fica-se por vezes com a sensação que alguns gastam mais tempo no cabeleireiro ou nas Tie Rack do que a pastorear os respectivos rebanhos; a excepção vai para os sacerdotes mais novos e geralmente ditos de vocação tardia (que eufemismo !)

1 comentário:

Paulo Cunha Porto disse...

Eh Pá! Mete as letras de verificação, já, já. Eu também fui vítima desse "spam" e, com elas, a coisa serenou.
Abraço.
Ah, e quanto ao "post", que dizer de gente que não se orgulha do uniforme?